Mosaico de Docência

Mosaico Docente – Prof. Márcio Pereira

Uma política educacional equivocada

Atualmente, mais e mais editais de concurso para Professor/a de Universidade pública, para as áreas de Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, têm exigido um perfil acadêmico linear dos/as aspirantes à vaga. Ao que tudo indica, tal fato estaria ligado a uma incisiva política educacional da CAPES que supervaloriza aquilo que chama de “aderência acadêmica”. Essa aderência teria, por exemplo, um papel significativo na atribuição de nota ao programa de pós-graduação de determinada instituição. Assim, quanto mais docentes de uma mesma área de conhecimento atuando em um determinado programa de pós-graduação, melhor seria a nota deste programa (obviamente que diversos outros fatores são também levados em consideração para a avaliação de um dado programa).

Mosaico Docente – Prof. Michel Mascarenhas

AS QUESTÕES QUE ENVOLVEM A ACADEMIA UNIVERSITÁRIA

Na universidade, a sistematicidade inclui o aprendizado direcionado e organizado com o objetivo do repasse e da retenção lógica de informações. O manuseio correto dos instrumentos deve facilitar tanto o aprendizado quanto o exercício futuro da profissão, viabilizando o desenvolvimento de um espírito crítico e de novos mecanismos de cognição e de resolução de problemas. O exercitar constante está em consonância com o manuseio correto dos instrumentos, já que esta correição deve ser resultante do exercício constante. Este possibilita, na universidade, o uso correto, seletivo e lógico dos instrumentos, deles extraindo soluções para as novas necessidades e em acordo com a evolução dos valores envolvidos no objeto de estudo, criando caminhos inéditos que permitam a criatividade e a inovação, ainda que surjam sem modificação da essência, mas tão-somente da forma. Este manuseio correto dos instrumentos e o exercitar constante permitem que o aluno possa alcançar uma autonomia e capacidade, ambas relativas, de “caminhar com as próprias pernas”.

Mosaico Docente – Prof. Carlos Cintra

A IMPORTÂNCIA DA COMUNIDADE DE COOPERAÇÃO E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA (CASa) NA FORMAÇÃO DOCENTE DA UFC

Em meados de junho de 2013 fomos apresentados à COMUNIDADE DE COOPERAÇÃO E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA – CASa, em reunião ocorrida na Faculdade de Direito (FADIR). Naquela oportunidade alguns professores em estágio probatório foram esclarecidos acerca das atividades realizadas no âmbito daquele organismo, que essencialmente fora concebido para colaborar na formação dos docentes da UFC, a despeito de também permitir a participação da comunidade de um modo geral.

Devo confessar que logo após o predito encontro, que como dissemos antes se prestou a detalhar o modo de atuação da CASa (encontros presenciais,  ambiências temáticas etc.), fiquei apreensivo quanto a minha efetiva participação nas referidas atividades.

Primeiramente em razão de muitos dos encontros presenciais ocorrerem no Campus do Pici, local um tanto quanto distante da FADIR, onde estou como Chefe do Departamento de Direito Público.

Mosaico Docente – Prof. Michel Mascarenhas

OS DIVERSOS SENTIDOS DO VOCÁBULO “ACADEMIA”

O vocábulo “academia” há muito é aplicado ao ensino e às atividades universitárias. O termo não é usado à toa, possuindo vários sentidos, dentre eles:
1) Lugar aprazível e solitário em que Platão ensinava filosofia;
2) Escola de qualquer filósofo; 3) Escola de instrução superior (faculdade);
4) Instituto ou agremiação científica, literária ou artística, particular ou oficial;
5) Corporação de estudantes (exceto primários) ou membros de uma academia;
6) Casa em que se reúnem os acadêmicos;
7) Certame literário celebrado por ocasião de alguma festividade pública.

Mosaico Discente – Beatriz Pinheiro

Ingressei na Universidade e, no decorrer dos semestres, fui percebendo as peculiaridades de cada um dos meus professores, percebi que as diferenças iam muito além da metodologia e didática. Cada professor leva um pouco de sua personalidade para sala de aula, leva seu posicionamento também, isso faz com que o ensino fique mais enriquecedor, e nos faz perceber, que por mais que sejam professores, são também pessoas que além de conhecimento possuem individualidade.

Mosaico Docente – Prof. Hugo Segundo

Valores e conhecimento científico

Ainda se escuta bastante nos meios acadêmicos, a afirmação segundo a qual o conhecimento científico se caracteriza por seu rigor metodológico e pela objetividade dos resultados obtidos, características que, para serem alcançadas, dependeriam, entre outras coisas, do total afastamento dos valores. A atividade científica seria descritiva, e não valorativa. Cabe ao cientista dizer como as coisas são, e não propor como deveriam ser.

Mosaico Discente – Liana Ibiapina

Acredito que o bom relacionamento entre professores e alunos aumenta a aprendizagem e o interesse de toda a turma. Para isso é imprescindível que o professor seja aberto ao diálogo. Uma disciplina ministrada como uma ‘ditadura’ onde o mais ‘poderoso’ deve ser ouvido e obedecido sempre diminui, e muito, o interesse de todos pela matéria dada. Conheço inúmeros exemplos de pessoas que criaram muita expectativa a respeito de uma cadeira por ser a área que mais lhe interessava e a forma como ela era conduzida fez com que o aluno mudasse completamente a área de atuação desejada.

Mosaico Docente – Prof. Hugo Segundo

A importância da crítica e a aversão ao dogmatismo na formação do conhecimento científico

O acesso de qualquer sujeito cognoscente à realidade é sempre a apenas parte dela, que em sua totalidade é bem maior e mais complexa do que capacidade de compreensão humana. Por isso, é natural que suas impressões sejam imperfeitas e provisórias, passíveis de aperfeiçoamentos decorrentes de novos exames e novas análises daquela mesma realidade. Esses novos exames e análises podem ser feitos por ele próprio, ou por outros sujeitos, que com ele integram a comunidade dos que se ocupam do estudo daquela realidade. É despiciendo ressaltar, nesse contexto, a importância da abertura das teorias e o caráter extremamente saudável da crítica.

Mosaico Discente – Tatiana Almeida

Graduanda do Curso de Pedagogia – FACED – UFC

Durante minha caminhada escolar, alguns poucos professores foram, por mim percebidos, como mais do que pessoas que poderiam me ajudar a compreender um conteúdo para realizar exames. Suas contribuições foram magníficas e as carrego até hoje (essa pouca percepção pode está ligada a pouca maturidade ou algo do tipo). Mas foi, de fato, na caminhada acadêmica que essas experiências foram bem mais significativas (e ainda continuam sendo), talvez pelo fato de que é na Universidade que se espera construir o que levaremos por toda a vida, não apenas em termos de conhecimento, pensamento crítico ou amizades, mas porque, geralmente, somos levados a desconstruir tantos conceitos prévios e termos a visão ampliada. 

Mosaico Discente – Ed Borges

Professores que marcam

Ed Borges, estudante do 8° semestre de Comunicação Social – Jornalismo.

ed.borgesdias@gmail.com

 

Ingressar na universidade para mim, como estudante recém-saído do Ensino Médio, foi, antes de tudo, experimentar um forte choque de transição entre a realidade do ambiente escolar e a do espaço universitário. Foi me perceber não apenas como um ser “ouvinte”, pronto para receber saberes cristalizados, mas como um sujeito ativo e pensante, capaz contribuir no processo de construção do conhecimento. Essa mudança se deu graças ao trabalho de grandes docentes que tive ao longo dos semestres, que conseguiram me transformar não somente como estudante, mas também como pessoa. Para mim, os professores mais marcantes foram aqueles que, mais do que simplesmente transmitir o conteúdo, estavam preocupados em abrir espaços de debates, em fazer os alunos questionarem a si mesmos e os conhecimentos adquiridos dentro e fora da academia.