Mosaico de Docência

Mosaico Docente – Profa. Vanessa Louise Batista

A VIDA E A ARTE CAMINHAM JUNTAS ENTRE LEITURAS DE MUNDO, CENAS E CENÁRIOS; ENTRE ÉTICA, E ESTÉTICA DA INTERAÇÃO SOCIAL.

Ler o mundo é condição humana de viver em sociedade. Construir o mundo é condição de ser social e político. Transformar o mundo é condição de construí-lo com liberdade, é viver a potência da vida pública rumo à democracia. As cenas cotidianas em situação de interação social podem ser concebidas como dramáticas e lidas a partir de uma dramaturgia do social e da psique. Assim a vida se interpreta com teorias estéticas e a arte de viver torna-se um caminho criativo do andante. A vida é, também, poesia e lírica… É arte e utopia que se faz no palco da interação.

Mosaico Docente – Profa. Vanessa Louise Batista

A DRAMATURGIA SOCIOLÓGICA DE ERVING GOFFMAN

Este texto visa refletir a respeito da teoria de papéis de Erving Goffman, priorizando as relações regionais – o palco, a plateia e os bastidores. A partir deste recorte, objetiva-se discutir os conceitos utilizados pelo autor, a fim de buscar em sua compreensão dramatúrgica as dimensões éticas e estruturais do sistema social postas nas definições e conceitos de sua teoria. Para tanto é preciso ler na linguagem dramatúrgica e Goffman  o teatro enquanto movimento social, a partir de sua história a importância na sociedade desde a Grécia Antiga, onde nasceu como expressão popular se expandindo aos castelos medievais.

Mosaico Discente – Allyson Bezerra de Oliveira

 Parece ser difícil, com tanta robotização do sistema educacional, encontrar professores que fujam à regra e mudem seu sistema de avaliação. Estamos sempre acostumados a estudar e decorar coisas para testes que muitas vezes acabamos desestimulados. Porém,  ainda há professores que tentam inovar, sem perder aspectos do ensino tradicional. Para mim que sou do curso de Engenharia Elétrica, o que torna o curso atrativo são as possibilidades de projetos que podem ser feitos e é exatamente isso que alguns professores tentam nos proporcionar. No semestre passado, na disciplina de Circuitos II, o último tema foi abordado de forma diferente: não existia um teste sobre o assunto “transformadores”. Foi pedido para que projetássemos um transformador. Foi bem empolgante, pois assim a gente utilizaria as equações e teorias envolvidas para um projeto real e não somente para resolver algumas questões objetivas e repetitivas. Apesar de trabalhoso, foi perceptível que todos se animaram com isso.
Allyson Bezerra de Oliveira

Discente do curso de Engenharia Elétrica
UFC – Campus de Sobral

Mosaico Docente – Profa. Vanessa Louise Batista

ENSAIO SOBRE INFÂNCIA E FORMAÇÃO DOCENTE: DESAFIOS QUE EDUCAM PARA A VIDA EM SUA POTENCIALIDADE.

Historicamente no ocidente, as realidades das crianças e instituições socializadoras como a família e a escola vêm sofrendo inúmeras transformações que deflagram novas demandas socioculturais em tempo de mundialização. A contextualização das condições políticas nacionais em relação à genealogia simbólica e a efetiva produção da cultura brasileira é uma metodologia necessária para o conhecimento e ampliação da concepção de novos caminhos para a sustentabilidade.

Mosaico Docente – Prof. Dr. Enéas Oliveira Lousada

INGRESSANDO À UNIVERSIDADE FEDERAL – ESTÁGIO DOCENTE

Não é tão simples retroceder, apesar de estar acostumado a trabalhar com escalas de tempo bem distintas. Neste relato tentarei correlacionar as atividades do Estágio Docente realizadas em minha primeira instituição Federal de Ensino – UFPI, com a preparação para o ingresso como professor da UFC. Vamos em frente e vejamos!

Mosaico Discente – Luis Fernando Madeira Carneiro

A didática dos professores da UFC, especificamente do curso da música e psicologia (pois foram os que tive um enorme prazer de aprender) do campus de Sobral, foi e ainda é um divisor de águas na minha perspectiva de como ser um bom professor. Cada professor tem suas particularidades, alguns nos instigam a fazer pesquisas para que conquistemos as respostas para algumas questões que podem ser relevantes para a nossa formação, outros nos inspiram buscando o saber a partir do que conhecemos, nos fazendo ficar cada vez mais envolvidos em meio a tantas contextualizações. Ao passo que, a cada aula, nos fazem querer ficar para aproveitar até o último segundo do que o professor tem a nos oferecer. E não podemos esquecer de citar uma minoria que nos ensina a melhor lição de todas: a de como não ser um professor.

Mosaico Discente – Camila Torres Vidal David

No que concerne às boas didáticas de professores, do meu ponto de vista como aluna, as metodologias alternativas de ensino aliadas à uma abertura de diálogo entre docentes e discentes são interessantes no processo de ensino-aprendizagem. Ao passo que as metodologias que fogem a norma, promovem diversas maneiras de acesso ao ensino, despertam o interesse e mostram os aspectos variados dos assuntos tratados, vão além da forma “quadrada” que configura e limita uma sala de aula. Quanto ao diálogo, o mesmo é uma via de laço social, que propicia uma abertura para o encontro entre duas classes que são muitas vezes percebidas como distantes, há também uma abertura para a troca de opiniões, ou seja, há uma construção conjunta de ambos os envolvidos.

Mosaico Docente – Prof. Geraldo Augusto Fernandes

O CICLO BÁSICO E O SUCESSO DA GRADUAÇÃO

Durante o último evento dos Encontros Universitários, 2015, o professor José Carlos Siqueira, também do Departamento de Literatura, e eu apresentamos uma comunicação oral no VII Encontro de Docência no Ensino Superior – EUs 2015. O título de nossa fala foi “O ciclo básico e o sucesso da graduação”. Nossa proposta era apresentar uma discussão que se estende no Departamento de Literatura para viabilizar um sucesso maior na formação de nossos alunos.

Mosaico Docente – Prof. Luiz Drude de Lacerda

Perfil socioeconômico dos bolsistas da FUNCAP no Ceará

Até bem pouco tempo, a educação superior ao nível de Pós-graduação, situava-se no patamar acessível apenas a uma parcela muito pequena da população brasileira, originada em famílias de renda media e elevada, e praticamente em sua totalidade oriundas de escolas privadas particulares, ou no caso de algumas áreas específicas de atuação, de escolas mantidas pelas Forças Armadas. O sistema de vestibular para ingresso nas Universidades funcionava como um primeiro filtro, selecionando apenas aqueles que possuíam tais condições e, portanto, capazes de frequentar escolas e cursos preparatórios, geralmente privados e quase sempre muito caros. Na graduação, a quase inexistência de bolsas de iniciação científica e outros estímulos financeiros, tornava praticamente impossível a dedicação exclusiva dos alunos ao ensino e a pesquisa se não tivessem suporte financeiro familiar. Na pós-graduação, a situação se agravava ainda mais devido à pequena disponibilidade de bolsas de estudo. Um dos aspectos mais nefastos resultantes desta situação era uma tremenda desigualdade social, que se estendia consequentemente a uma notável assimetria regional ao acesso a pós-graduação e, por conseguinte, a geração de conhecimento no Brasil (ver discussão sobre assimetrias em http://www.blogdacasa.ufc.br/mosaico-docente-prof-luiz-drude-de-lacerda-5/).

Mosaico Docente – Prof. Luiz Drude de Lacerda

Políticas assimétricas na redução da desigualdade regional na área de C&T no Estado do Ceará.

 A desigualdade regional em Ciência & Tecnologia em nosso País chama a atenção pela enorme concentração de instituições de ensino superior e centros de pesquisa nas regiões Sul e Sudeste, e consequente investimento em C,T&I e na formação de recursos humanos para o setor. Esta desigualdade nefasta levou o Governo Federal a criar diversas políticas assimétricas visando diminuir as desigualdades regionais e uma distribuição mais uniforme dos recursos disponibilizados para C,T&I no País.  Estas políticas, em andamento nos últimos 12 anos, resultaram em aumentos não-lineares do universo de ações em C,T&I nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo várias novas universidades federais, institutos federais de educação tecnológica, centros de pesquisa e, principalmente, resguardando cerca de 30% do fomento de C,T&I, disponibilizado através de editais públicos, para estas regiões. Como resultado das políticas assimétricas, o crescimento em C,T&I foi muito maior nas regiões alvo dessas políticas. Por exemplo, o sistema de pós-graduação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aumentou mais de 130% no período, comparado a aumentos relativamente modestos nas regiões Sul e Sudeste. Apenas em 2015, 87 novos cursos de pós-graduação foram abertos somente na região nordeste, por exemplo.