Prof. Rodrigo Fragoso de Andrade, do curso de Fisioterapia

BREVIÁRIO: Rodrigo, conte-nos um pouco sobre sua vida acadêmica e sobre seus principais interesses de pesquisa.

Prof. Rodrigo-h150RODRIGO FRAGOSO: Iniciei na carreira de docente no ano de 2008 e atualmente sou professor do curso de Fisioterapia da UFC, coordenando os módulos de Recursos Eletrotermofotobiológicos e Recursos Fisioterapêuticos Biohídricos, além de colaborar em vários outros módulos de Fisioterapia aplicada à disfunções do aparelho locomotor. Mantendo a mesma linha de pesquisa desenvolvida durante o mestrado e o doutorado que fiz no Programa de Pós-graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tenho desenvolvido estudos nas áreas de aplicação de recursos terapêuticos durante o processo regenerativo do nervo periférico, assim como na associação dos recursos terapêuticos e da terapia celular na regeneração nervosa.

B: Como surgiu o interesse pela docência e em que medida isso influenciou nas escolhas que fez durante a formação acadêmica?

RF: Desde a infância a docência fez parte do meu cotidiano. Minha mãe era professora do ensino básico. Em vários momentos a acompanhei em suas aulas e ficava admirado com tamanha paixão com que ela ministrava suas aulas. Desta forma, acho que isso despertou em mim o interesse pela carreira docente, que ficou guardado em meu subconsciente. No entanto, não iniciei a graduação com o objetivo de ser professor. Ao longo dos cinco anos do curso de Fisioterapia apareceram algumas oportunidades que cada vez mais me trouxeram para a carreira docente. Algumas delas se concretizaram através das atividades de monitoria, de modo que, dos meus cinco anos de graduação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), três anos e meio estive participando de atividades voltadas a iniciação a docência. No final do curso percebi que seguir a carreira docente era minha vontade, o que me fez trilhar o caminho da especialização, mestrado, doutorado e, hoje em dia, ser professor universitário.

B: O que o motiva mais na atividade docente?

RF: Pelo ponto de vista técnico, acredito que todo professor é um facilitador do processo de ensino-aprendizado. Isso faz com que possamos mostrar aos alunos formas multivariadas de discutir um determinado assunto que antes parecia ser incompreendido. Deste modo, minha maior motivação é trazer para o aluno o interesse por assuntos antes desconhecidos, despertando a curiosidade e a busca por informações que serão relevantes em sua vida profissional. Pelo ponto de vista emocional, minha grande motivação é ver a dedicação e o entusiasmo dos alunos na possibilidade de promover bem estar físico e muitas vezes, emocional, para os pacientes. É neste momento que os alunos descobrem que para ser um bom profissional não basta apenas o conhecimento técnico, mas também, o toque, a conversa e a sensibilidade no tratamento com os pacientes são essenciais para a formação de um profissional diferenciado e mais humanizado.

B: Como foi o processo de adaptação ao chegar na UFC?

RF: Foi super tranquilo. Já tive experiência prévia de ensino na UFPE, na qual fui professor substituto por dois anos. Chegando na UFC, fui muito bem recebido pelos demais docentes do curso de Fisioterapia, que, além de me ambientar nas atividades da graduação, forneceram informações relevantes sobre a parte burocrática da Universidade. O fato de ser um curso novo e com poucos docentes permitiu a formação de vínculos de amizade que vem aumentado com a chegada de novos professores.

B: Quando você entrou na UFC, em 2010, o curso de Fisioterapia estava apenas iniciando. Quais foram os maiores desafios enfrentados como docente em um curso ainda novo?

RF: Quando entrei na UFC, a primeira turma do curso de Fisioterapia estava no segundo semestre, de forma que pude participar do processo de planejamento de cada módulo subsequente. Nós (falo nós porque desde começo todos os professores agem como uma equipe) tivemos o grande desafio de estruturar a parte física (prédio da Fisioterapia e laboratórios) e de equipamentos para o curso, o que nos estimulou na busca por informações administrativas, como elaboração de termo de referência e licitações, além de campos de estágios para os alunos.

B: Para você, qual a importância da CASa e da formação docente promovida para o(a) professor(a) recém-chegado(a) à UFC?

RF: Acredito que a CASa seja bastante importante para os docentes ingressantes na UFC, uma vez que neste projeto podemos conhecer um pouco mais da estrutura administrativa e acadêmica da Universidade. Além disso, o projeto CASa permite a discussão de temas relevantes para o dia-a-dia do docente tanto no se refere as atividades de planejamento quanto na rotina da sala de aula.

 

Entrevista realizada na data 04/11/2013 para coluna Spotlight do Breviário da CASa.