Hoje tenho o grande privilégio de lecionar na mesma Faculdade em que estudei quinze anos atrás. Ministro aulas nas mesmas salas em que estudei, e ali ainda estão as mesmas cadeiras, as mesmas paredes, o mesmo quadro.
Às vezes, quando a aula termina, fico olhando para a sala vazia, para os bancos nos corredores, e, mergulhado em nostalgia, volto no tempo para ver um grupo de jovens conversando, eu e meus colegas, com 18 ou 19 anos, cheios de certezas – dentre as quais as mais firmes eram a de que nossa vida era infinita e a de que ela era prenhe de realizações grandiosas – e penso no que mudou de lá para cá.