Professor com alegria

A minha vida de professor começou por insistência de colegas que já eram professores na Universidade Federal do Ceará (UFC). Sempre que abriam concursos, eles ligavam para me lembrar e solicitar minha participação. Jornalista profissional formado pela própria UFC em dezembro de 1979, estava trabalhando em redação desde 1977, e resistia. Fiz concurso em 1988, passei, mas o concurso não foi validado pelo Ministério da Educação. Comecei a dar aulas recebendo por serviço prestado, atendendo a um convite da UFC. Depois, fiz novo concurso para professor substituto, em 1991; e em 1992, fiz o concurso para professor efetivo.

São 25 anos de atividade. É uma experiência riquíssima – tanto do ponto de vista profissional quanto pelo lado humano. Conviver com jovens em sala de aula e fora dela, proporcionando experiências as mais diversas, é estimulante. Não é fácil ser professor, porque exige um aperfeiçoamento constante. Mas tenho procurado exercer a profissão com amor, dedicação e curiosidade. Nós professores sabemos que ensinamos de diversas maneiras, mas também aprendemos tanto com os estudantes que não há riqueza maior na vida.

Para mim, ser professor é estar sempre aberto a adquirir novos conhecimentos, compartilhando-os com todos. É ter amor ao outro nessa caminhada rumo ao conhecimento e à profissão. Sim, entendo a docência com os olhos do educador brasileiro Paulo Freire, que a via como “o olhar amoroso” em relação ao outro. Isso significa dedicação, respeito, ética, afeto e carinho para com os estudantes e a própria instituição de ensino. Compromisso com a vida em toda a plenitude. Compromisso com a emancipação humana. Compromisso, enfim, com a humilde missão que nos cabe no ato das nossas escolhas.

________________

(*) Professor do Curso de Jornalismo da UFC, responsável pelas disciplinas Laboratório de Jornalismo Impresso e Jornalismo Impresso II (Jornalismo Opinativo)

 

Prof. Ronaldo Salgado

ronaldoufc@gmail.com