Relato de Maurineide Gomes do NascimentoGraduanda em Pedagogia na Universidade Federal do Ceará – UFC – Bolsista da CASa (maurineideee@yahoo.com.br)

Antes de qualquer coisa confesso que é gratificante e engrandecedor escrever sobre a minha experiência como estudante no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará, descrevendo a relação de construção cognitiva emancipadora e consciente, pontuando a convivência entre aluno e professor em sala de aula, que se baseia por meio do respeito e por uma paixão avassaladora que convergem em direção ao conhecimento.

Dessa forma, gostaria de apresentar-lhes algumas situações em que muitos professores ajudaram a esculpir meu ser: a perseverança, ampliaram minha visão crítica sobre a sociedade moderna e me fizeram perceber que os erros fazem parte do percurso rumo a sabedoria. Assim sendo as situações que me conduziram até este momento as principais foram:

    • No V semestre do curso, tive um professor que me deixou maravilhada por suas atitudes em sala de aula. Ele enxergava, ouvia e dialogava com a turma a todo instante. Ensinou a compreender as diferenças e as proximidades entre os ambientes escolares e não escolares. Apresentou o docente como aquele que se compromete com uma missão, independente do espaço físico em que atua.
    • Outro professor me surpreendeu ao fim do VI semestre, houve uma apresentação em slides com algumas frases, nesse momento fez com que toda a turma acreditasse que eram frases de grandes pensadores até nos revelar que eram trechos de trabalhos produzidos por nós e corrigidos por ele. Nesta hora a sala ficou emocionada e aquela atitude foi de grande reconhecimento da nossa escrita.  Fiquei encantada com a valorização da escrita de cada aluno feita pelo professor, ainda mais emocionada quando nos disse a seguinte frase: “nunca permitam que alguém diga que são incapazes e que seus sonhos são impossíveis de serem realizados”.

Portanto, estes docentes com dedicação, amor, paciência e, sobretudo, comprometimento com a educação, ensinaram que o discente deve ser criativo, participativo e crítico, ao invés de seguir como sujeito passivo na sociedade. Pois de acordo com o grande educador pernambucano Paulo Freire “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”, deixando claro que educação não é inércia, mas sim ação, movimento emancipador e transformador da sociedade.