Mentores de Docência de 2013

O Prof. Dr. Jorge Brandão do Centro de Tecnologia – docente da UFC homenageou sua Mentora: Profa. Dra. Ana Karina Moraes de Lira da FACED/UFC

Tem um pensamento popular o qual diz que “ninguém é tão pobre que não seja capaz de doar e ninguém é tão rico que não seja capaz de receber”. Cada um de nós tem uma essência única: nosso temperamento, nossa forma de agir diante de determinadas situações, nossa forma de ver a vida e assim sucessivamente. A essência de cada um de nós é como um diamante. Nossa essência ao ser comparada com um diamante indica que também podemos ser lapidados. Desta feita, “Mentores a Docência” é uma maneira de lembrar, a cada um de nós é valioso como os diamantes, que pode ser melhorados com “polimento”, tanto externo quanto interno.  

A cada homenagem que fazemos a um dos mentores-polidores, estamos reconhecendo que o diamante é reconhecido como valioso de acordo com o olhar de quem o compra. Aqui é onde se inicia a relação com o pensamento do primeiro parágrafo. Às vezes nos achamos muito falhos, como diamantes rachados, mas ainda somos valiosos.

Na doação de tempo e de atenção, nossos mentores nos transformam. Em algumas ocasiões para melhor trabalhar um diamante bruto, além da lapidação é preciso “fogo”. Em particular, agora falando da professora Ana Karina Lira, ela simplesmente modificou meu modo de atuar como docente, instruindo-me a “colocar-me no lugar dos outros”. Não é fácil modificar um bruto (digo, diamante bruto… mas eu era bruto mesmo, fazer o quê? Acreditava que, para aprender matemática era necessário exercitar, exercitar e exercitar…). Ela então argumentou que, até quem faz muitos exercícios (físicos), corre o risco de se machucar. E, também por atuar com pessoas com deficiência visual, não podia simplesmente fazer por fazer dada atividade… ao colocar-me no lugar dos outros (é difícil, não nego), passei a melhor compreender as dificuldades deles. Dificuldades individualizadas.

Assim sendo, a cada nova turma que assumo, seja na UFC ou em cursos de extensão para a comunidade, procuro fazer minhas atividades tentando prever as possíveis dificuldades. Mas, o principal é que procuro dar atenção àqueles que estão sob minha responsabilidade, afinal, “somos responsáveis pelo que cativamos” (Pequeno Príncipe).

Por fim, e não menos importante, sugiro a seguinte fórmula: M = EA³ (traduzindo: Os Mentores nos Ensinam a Aprender e a Amar cada uma de nossas Ações docentes). Com efeito, a aprendizagem é contínua, e se for aprendizagem com amor melhor ainda, pois o amar implica compromisso que gera um conjunto de ações docentes voltados para a melhoria de nossos discentes, pois só há docente se existir o estudante.  Meu muito obrigado a cada mentor que, a seu modo, contribui para a melhoria do ensino, em qualquer instituição onde esteja. Lembrando que 1 + 1 > 2 sempre que respeitamos os limites e valorizamos as potencialidades de cada um.