Veja, Leia e Escute

Indicações de livros, discos, filmes, curtas, documentários, textos, artigos, entre outros.

O que se lê na CASa?

SALA DE AULA: QUE ESPAÇO É ESSE?

Régis de Morais (Org.)
Papirus, 2004.

A sala de aula é uma “realidade que contém muitas realidades” diz o organizador da obra. Refletir sobre este lugar é o que fazem os 12 autores reunidos neste livro, da Antropologia ao Turismo, todos com larga experiência docente em universidades brasileiras. Para iniciarmos um novo semestre letivo, segue a nossa sugestão de leitura com um convite: professor(a), a sua sala de aula na UFC, que espaço é esse?

O que se vê na CASa

AMOR?

João Jardim  |  Copacabana Filmes, 2010.

O documentário apresenta um conjunto de histórias reais, recontadas por atrizes e atores, nas quais o amor é transformado em violência e desafetos. O resultado é surpreendente! Somente assistindo para constatar mais um grande trabalho do cineasta João Jardim, nos moldes de uma vida sem disfarces.

O que se ouve na CASa

A Profa. Cátia Harriman, do Instituto UFC Virtual, traz a sugestão de hoje: o CD “Oásis de Bethânia”.

CD Oásis de Bethânia

oasis-de-bethaniaEste CD,marca os 47 anos da carreira de Maria Bethânia e traz inovações sonoras para o trabalho da cantora. Merecem destaque as participações especiais de Djavan e Lenine.

Estilo: MPB
Gravadora: Biscoito Fino
Ano: 2012

O que se lê na CASa

UMA HISTÓRIA DA LEITURA

Alberto Manguel  |  Companhia das Letras, 1997.

Aproxima-se o tempo de Kairós, o tempo que não tempo, um tempo que se faz poesia. Nos dias de férias, o tempo de Chronos é desligado; a agenda segue o fluxo do sol e da lua. Para estes dias, um livro que não conta a história, mas uma história do adolescente que um dia trabalhou como ledor para Jorge Luis Borges e mais tarde descobriu a escrita como profissão, é a nossa sugestão.

Nascido na Argentina e naturalizado canadense, Alberto Manguel narra com leveza, beleza literária e poética, a história do leitor e escritor que se tornou, pessoas que conheceu, livros que leu e lugares que visitou. As suas palavras nos conduzem por uma vasta biblioteca que povoou a sua adolescência e se multiplica na vida adulta. Que este livro desperte em você a magia do tempo sem horas.

O Que se Vê na CASa

Homens de Honra

Homens De Honra

Baseado em fatos reais, o filme conta a saga de Carl Brashear até conseguir realizar seu sonho de ser mergulhador na Marinha dos Estados Unidos. Negro e de origem pobre, Carl sofre muito preconceito. Quando finalmente consegue ser aceito na Marinha, é selecionado para ser cozinheiro, única função que podia ser exercida por negros.

Mesmo depois de muita batalha para passar da cozinha ao mar, Carl sofre com as maldades e dificuldades propositalmente impostas pelo seu chefe. Ao superar todos os obstáculos, ele se torna o primeiro mergulhador-mestre negro da Marinha dos Estados Unidos. Além disso, foi o primeiro a ser reintegrado após ter uma de suas pernas amputadas.

O preconceito racial é o tema principal do filme e nos leva a pensar sobre a ideia distorcida que algumas pessoas ainda hoje têm da existência de uma raça superior e na inconsistência de qualquer preconceito e não somente do racial.

O Que se Ouve na CASa

Estudo Errado – Gabriel, o Pensador.

 

A música conta a história de Juquinha, um estudante que discorda do o sistema educacional em vigor. Acreditando que a escola é uma preparação para a vida, Juquinha cobra aulas com assuntos mais interessantes e úteis. Há uma reflexão quanto à participação dos alunos em sala de aula e do professor no processo de formação desses estudantes: “Eu tô aqui pra quê? Será que é pra aprender ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?”

A maneira nada dinâmica que muitos professores conduzem suas aulas, o método decoreba, infelizmente, acaba sendo o utilizado pelos alunos para conseguir boas notas nas avaliações.

“Quase tudo que aprendi amanhã já esqueci. Decorei, copiei, memorizei mas não entendi. Decoreba: esse é o método de ensino. Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino. Não aprendo as causas e consequência, só decoro os fatos.”

Apesar do interesse claro que Juquinha tem de aprender, a escola não ensina o que ele gostaria de saber.

“Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste: o que é corrupção, pra que serve um deputado…não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso ou que a minhoca é hermafrodita ou sobre a tênia solitária, não me faça decorar as capitanias hereditárias”.

A canção vale para a reflexão de como a melhora na forma de ensino e uma reestruturação do currículo dado nas escolas pode incentivar os alunos.